Nesta semana, a mixórdia da política brasileira. Temos o presidente que ia lutar contra a corrupção endossando um orçamento secreto na cara dura e dizendo que tem parte dele no STF – além de estar acertando filiação ao partido de Valdemar da Costa Neto.
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O chamado “orçamento secreto” surgiu com a criação de uma nova modalidade de emendas parlamentares, a emenda de relator, que permite a identificação da origem e do destino do dinheiro, mas o deputado que indica a verba fica oculto. Isso significa que esse dinheiro poderá ser destinado à base política de um parlamentar sem que ele seja identificado.
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No final de 2020, o governo de Jair Bolsonaro criou um orçamento bilionário em emendas para conseguir apoio do “Centrão” no Congresso Nacional
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A legalidade desse pagamento é discutida pelo Supremo Tribunal Federal. Aliás, o STF formou maioria nesta semana para suspender o pagamento de emendas do “orçamento secreto” do Congresso. Como se não bastasse, Jair Bolsonaro ainda disse que tem 10% dele dentro do Supremo, se referindo ao ministro Nunes Marques.
Essa questão está vindo à tona porque, diante da votação da PEC dos Precatórios, o governo Bolsonaro liberou R$ 909,7 milhões em emendas de interesse dos deputados federais. Isso em apenas dois dias. Tudo a partir das emendas de relator. Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, os recursos foram empenhados pelo governo nos dias 28 e 29 de outubro.
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Em meio a isso tudo, Jair Bolsonaro estuda se filiar ao PL de Valdemar da Costa Neto
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Segundo informações da Folha de São Paulo, Lula cogita o nome de Geraldo Alckmin para vice na chapa encabeçada pelo petista. E o PT divulga nota apoiando o as eleições mais do que suspeitas do autocrata Daniel Ortega, da Nicarágua.
Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no Spotify, Itunes e Castbox.
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