No dia 19 de novembro de 2020, João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte por duas pessoas que deveriam garantir a segurança do supermercado Carrefour, em Porto Alegre.
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Beto foi assassinado na porta do mercado
Beto foi assassinado às vésperas do Dia da Consciência Negra
Beto era negro
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O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, lamentou a morte de Beto, mas disse que não há racismo no Brasil. Mas nós não esquecemos daquele que disse que nós herdamos a “malandragem do africano”.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que é daltônico. Para ele, todos tem a mesma cor. Para ele, quem fala em racismo instiga o povo à discórdia, promove conflitos e pertence ao lixo. Mas nós não esquecemos daquele que falou dos quilombolas que pesavam “sete arrobas” e “não serviam nem pra procriar”.
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Diante disso, do descaso das autoridades, do descaso da sociedade diante dessa estrutura perversa que continua a promover a opressão do povo negro, nós perguntamos: até quando o João Alberto vai morrer?
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Porque João Alberto morreu também por nossa culpa. Do Mourão, do Bolsonaro, tua e minha. Porque tuíte ou quadrado de luto no instagram não combatem racismo. Precisa mais que isso.
Ao Vós, cabe tratar do tema à exaustão. Por isso hoje nós convidamos o jornalista e professor universitário Maikio Guimarães, que, ao longo do episódio, traz os principais argumentos do discurso racista – e como combatê-lo. E com o jornalista Marcelo Nepomuceno, pra conversarmos sobre a política perversa que perpetua a lógica racista no país.
Participam do programa os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no Spotify, Itunes e Castbox.
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